quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E é á noite, no meio das paredes ora frias ora acolhedoras do meu pequeno mundo que eu me perco. Numa luta constante entre o que fui e o que quero ser. É na escuridão da noite que o meu pequeno coração deseja ardentemente ora ser de pedra ora sentir tudo á flor da pele. É difícil conquistar pessoas, mas ainda é mais difícil conquistarmo-nos a nós mesmos.
Agora apetecia-me simplesmente desaparecer. Partir numa viagem plo mundo e por mim e só voltar quando me encontrasse.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"If you look hard you can find a
Rainbow trail it's deep inside you"

De volta á VR..(vida real..). Um momento de fraqueza. A vontade de conseguir manter o meu pequeno coração dentro da minha muralha de pedra. Lá está mais seguro.

É só um momento de fraqueza.

(não é oriana?...)

domingo, 15 de agosto de 2010

E fazendo um balanço dos ultimos meses concluo que de facto eu não me conheço. Se eu desse aso ás minhas vontades a minha vida tornava-se 1 belo caos.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Senti-me 3 vezes impotente durante os ultimos 3 meses. Um sentimento demasiado angustiante que nada podemos fazer para atenuar. O primeiro talvez tenha sido o pior de todos, mas os outros não são melhores.
1º foi quando vi alguém muito próximo desesperado com dores, a implorar-me ajuda nos minutos após uma intervençao cirurgica muito dolorosa. Eu engoli e prendi todas as minhas lágrimas nesse instante e durante as seguintes horas. Eu não podia fazer mais nada. E ouvi o que quis e o que não quis vindo de uma das pessoas que eu mais amo nesta vida. Senti o meu coração mais que muito apertado. Mas eu não podia deixar-me ir a baixo, eu ali, não tinha esse direito. Em 3 anos de estagios e 1 de trabalho nunca, nunca tinha visto alguém em tanto sofrimento. E eu impotente perante isso. Felizmente a história teve um final feliz. Custou, custou muito mesmo, mas passou.
2º foi quando após ter passado 1 tarde a cuidar de 1 gatinho pequenino que tinha sido abandonado o vi metade debaixo da roda de um carro..a gemer furiosamente.Retirei-o, ele estava num desespero tal, as lagrimas escorriam-me plas faces.. Eu nada pude fazer.
3º na varanda de minha casa já passei horas e horas sentada e deitada a apreciar 1 das mais belas paisagens. Fechava um olho e imaginava-me a passar os dedos pla serra, sentindo o seu relevo. Está em chamas. De uma ponta á outra. Após um suposto dominio por parte dos bombeiros elas reacenderam e aproximam-se assustadoramente da população. E eu estou em VR. Sem carro. Á espera que chegue a hora do proximo autocarro para ir para junto da minha casa, na minha aldeia ajudar no máximo que puder. Os sinos já tocaram forte e continuamente em sinal de alerta. As pessoas enchem baldes de água e arrumam tudo o que possa ser incendiado com as falhopas que caiem continuamente. E eu aqui, uma vez mais impotente.
.
Por outro lado, é engraçado como há de facto males que vêm por bem. Foi após o 1º, e sem duvida mais importante, acontecimento que eu me apercebi da insignificancia de todos os meus supostos problemas. Foi após essa tempestade ter passado que eu renasci, que eu comecei a viver e a importar-me apenas com o que realmente interessa.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Hmm..
Mais uma semana quase ininterrupta no meu mundo de sonho.
Feliz. Feliz porque vivi sem medo, porque por momentos tremi, mas de cabeça erguida e com 1 sorriso nos lábios. Nunca tive medo de estar sózinha por isso nunca assim me me senti.
Recordei harmonias nunca esquecidas e passos há tanto tempo destreinados que me saíam fluidamente...bailei de olhos fechados, sózinha, com amigos, conhecidos, desconhecidos e novos conhecidos...ao sabor de um nascer do sol que afinal existe para mim. Saltei, ri, conversei, aparvalhei. No último momento contive-me, muito, para não chorar...um choro bom, de quem sente tudo á flor da pele...olhei para as pessoas que me rodeavam, ouvi e cantei com elas, senti a energia que emanava daquele nosso, tão nosso, pedaço de relva. Só pedi que chovesse. Se o céu naquele tão intenso momento chorasse, eu choraria de uma felicidade imensa com ele. Convosco. Teria sido a magia no seu expoente máximo. Não choveu. Mas eu posso dizer que nestes dias a loucura e a magia andaram de mãos dadas (sem medo)!
(li eu 1 dia não sei onde: "Cuidado com o que desejas..Deus pode-to conceder.")
Feliz, por não pensar tanto no que vem depois, por ignorar o que muitas pessoas pensam acerca de mim. Feliz por não me esconder nem me sentir escondida por ninguém. Por não hesitar com ninguém (quase ninguém pronto...:/) dizer o que me ía no coração. Feliz plas conversas na relva, as parvoeiras no recinto, as palavras trocadas tão puras como importantes...
Feliz, por estar por minha conta e ver com bons olhos a pessoa que devagarinho, bem devagarinho está a nascer....e a mostrar-se ao mundo.