sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mais uma vez com demasiadas horas livres para estar sozinha.
"calma por fora, agitada por dentro" como um dia me descreveram. As pessoas olham-me sem me verem, falam-me e eu brinco com elas. Corro desenfreadamente por aqueles corredores e num momento, páro e sorrio por dentro. Ali não estou sozinha. Ali as pessoas puxam por mim e eu dou-lhes tudo o que posso. E algumas até me agradecem com o olhar e um ligeiro apertar na minha mão quando não podem falar. Volto a casa, entro nas paredes ora frias, ora acolhedoras do meu pequeno mundo. Fico algum tempo, talvez demasiado tempo sentada no sofá a olhar o "meu pequeno e desarrumado mundo". Vou á janela e aprecio a luta entre o vento e as árvores..entre o vento e o meu cabelo. Faço apostas sobre quem irá vencer. Revejo acordes perdidos e capas de CD's. Viajo um pouco pla minha vida no fumo de um cigarro. Dou uns rodopios plo quarto e volto a sentar-me. Discuto comigo mesma. Realizo que é dificil manter amizades. Fico a admirar o abismo negro que está aos meus pés e por momentos, baixinho digo-lhe que não lhe vou ceder...hesito...e tento acreditar no que digo. Mas não terei já eu cedido? Não estarei já eu a explorar esse abismo julgando-me fora dele? Olho á minha volta e procuro uma escada, a tal escada. Ou uma mão. Não encontro. Dá trabalho "dar a mão". Não abro o meu pequeno coração aos que mais amo, tenho medo de os arrastar para este mundo. Uma mão já nao me chega...precisava de um braço forte. Ou de uma corda. Pode ser uma corda. Só a usaria para tentar subir...(apesar de nunca ter sido muito boa em exercicios fisicos eu ía conseguir subi-la) nem pensaria nessa corda para outra coisa (morrer como o Ian Curtis deve doer) e eu até pareço já me estar a acostumar a ser solitária e a esconder-me cada vez mais atrás da minha muralha (a minha muralha não me protege, prende-me).
Acendo um pau de insenso, ponho Diana Krall, perco-me nas luzinhas da cidade adormecida e sonho (com muita força) com o dia em que alguém me virá ajudar a derrubar a muralha.

domingo, 25 de abril de 2010

Que amor não me engana

Com a sua brandura

Se da antiga chama

Mal vive a amargura

Duma mancha negra

Duma pedra fria

Que amor não se entrega

Na noite vazia?

E as vozes embarcam

Num silêncio aflito

Quanto mais se apartam

Mais se ouve o seu grito

Muito à flor das àguas

Noite marinheira

Vem devagarinho

Para a minha beira

Em novas coutadas

Junta de uma hera

Nascem flores vermelhas

Pela Primavera

Assim tu souberas

Irmã cotovia

Dizer-me se esperas

Pelo nascer do dia...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

estranho, mas bom

Estava a ver videos da minha infancia no colo de 1 familiar e ria-me das minhas figurinhas...e sorria por dentro por ver em quem aquela menininha se tinha tornado.
Já estava numa espécie de festival...muita gente..e eu conhecia quase toda. Deram-me 1 bocadinho de um caule de uma flor que eu teria de "construir" atraves de outros bocadinhos que as pessoas me fossem oferecendo...quando dei conta tinha uma grande bela e selvagem flor vermelha na mão! Havia musica, musica ao vivo...e eu estava com 1 energia louuuuca...corria e saltava pla calçada, sem medo de tropeçar, de mao dada com 1 conhecida para a frente do palco e cantava ao mesmo tempo, cantava muito alto...o refrão era "Goodbye my soul, Love is forever!" e sorria e os meus olhos brilhavam! Os vocalistas, que eu também conhecia, vinham a caminhar e a cantar de microfone na mão pelo meio daquela gente toda..quando nos estavamos a cruzar eles ao se afastarem dos meus saltos e da minha corrida de braços bem abertos cairam por um "escorrega do lixo"...iam a cair e a cantar..e quando chegaram lá em baixo continuaram a cantar! e eu ria-me como 1 doida...caí de joelhos no chão de tanto me rir....acordei com as minhas gargalhadas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Eu tenho sonhos, mas não tenho noção deles...daí se reflecte esta "exigencia"...
Obrigada.
*vou estar sempre aqui, sempre.

terça-feira, 6 de abril de 2010

"Ontem"
Revolta no seu/meu mais puro estado,
uma longa e frenética dança sem sentido,
ao sabor do mundo.
apreciar o que um corpo nú tem de mais belo e ridículo.
...um transe nunca antes vivido.
o frio do chão...
uma pequena viagem.
O alívio.
.
.
.
Hoje
Uma insatisfação constantemente inconstante que dói.
Cansaço?
Fraqueza?
Demasiado exigente?
Não me percebo.
Quero desaparecer.
Quero crescer.

sábado, 3 de abril de 2010

Oração das Mulheres Resolvidas;)

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"Que o mar vire cerveja e os homens aperitivo, que a fonte nunca seque,
e que a nossa sogra nunca se chame Esperança, porque Esperança é a última que morre...
Que os nossos homens nunca morram viúvos,
e que os nossos filhos tenham pais ricos e mães gostosas!
Que Deus abençoe os homens bonitos, e os feios se tiver tempo...
Deus...
Eu vos peço sabedoria para entender um homem, amor para perdoá-lo e paciência pelos seus actos, porque Deus, se eu pedir força, eu bato-lhe até o matar.
Um brinde...
Aos que temos, aos que tivemos e aos que teremos.
Um brinde também aos namorados que nos conquistaram,aos trouxas que nos perderam,e aos sortudos que ainda nos vão conhecer!
Que sempre sobre, que nunca nos falte, e que a gente dê conta de todos!
Amén.

P.S.: Os homens são como um bom vinho: todos começam como uvas e é dever da mulher pisá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia para o jantar."