Deixei cair no chão a cinza de um cigarro que insiste em não se deixar levar plo vento. Sei que a chuva a vai matar.
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Lembro-me quando era pequenina de ir á varanda sacudir a toalha num final de jantar primaveril, olhei para cima e vi um anjinho com um carrinho das compras a levar uma alminha para o céu…;) não sei se na altura a minha mãe acreditou…
Nunca mais vi nenhum.
Lembro-me de chorar ao imaginar a minha gata presa num foguete a explodir no ar em mil cores…mas na altura achava engraçado metê-la na máquina da roupa…
Lembro-me do pesado sentimento de culpa (na altura mais pesado que eu) quando descobri a minha tartaruga seca debaixo do guarda-fatos dos meus pais…enterrei-a e fui colher flores para cobrir o seu túmulo.
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Permanecemos…
No meio de orgasmos trémulos que o vazio olhar apaga.
Esculpiremos medos, angustias e os sonhos que não existem num pedaço de gelo…colocá-lo-emos no forno. Espero coragem para o acender.
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