sexta-feira, 7 de junho de 2013




O vento dá voz ao espanta espíritos e as plantas incansavelmente dançam.
Um cenário digno de filme. Um grande jardim abandonado, esquecido no tempo... mas cheio de vida.
É um privilégio poder fazer parte deste cenário, rodeada de verde, sentada numa despida cadeira de ferro, á minha frente uma mesa também de ferro trabalhada com pequenos azulejos calculadamente colados e cheia de pequenas folhas secas...oferendas da Natureza.
Pertencer a este cenário. Se calhar é isso que tenho feito. Ás vezes páro e parece que estou num filme, cenas da minha vida perfeitas para filmes. 
"O presente é um equilíbrio entre ser actor e espectador" - disse-lhe ela. Estarei eu em equilíbrio?
Penso em ti. Não com o sentimento de suave angústia com que pensei nestes últimos dias. Aceito-te com as tuas sombras que ainda não conheço. Não sei, sinto. (Percebi que confio mais no que sinto do que no que sei.) Sinto que tens muito para me ensinar e sinto que também eu te vou ensinar algo. Quero-te. Quero-te livre, quero-me livre. Quero caminhar contigo sem ter medo de te perder, sem ter medo de me perder. Como ela me mostrou quero se inteira contigo, comigo, sem medos.


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