sábado, 30 de maio de 2009

o corpo como adivinha; a dança como fábula

" uma carta coreografada" - algo que todos deveriamos ver.

" uma carta escreita para si.
esta carta quer acordá-lo para a força expressiva e transformadora
que o corpo tem.
O corpo transporta consigo sentidos escondidos atrás dos seus movimentos,
gestos, posturas e olhares.
Seja qual for o contexto, o corpo desvenda sempre partes da sua identidade,
da sua personalidade, da sua condição e dos seus segredos. todos estes
aspectos se completam e revelam no caminhar pela vida.
Este caminhar de cada um compõe no conjunto da população uma gigante
paisagem humana em movimento, atraves do tempo e do espaço.
O corpo fala sem precisar de usar palavras. Não mente. A comunicação
não é verbal é, por isso, uma fonte poderosa de conhecimento. uma fonte rica,
misteriosa e aberta. Ajuda-nos a ler o outro entre as linhas das palavras ditas.
(...)
A palavra coreografia vem do grego antigo e quer dizer " a escrita do círculo"-
coreo - Círculo, roda, a forma mais perfeita e mágica;
grafia - grafismo, desenho ou escrita.
A coreografia é o desenho do corpo em mivimeto. com a iris dos nossos olhos podemos compreender a dança que se encontra à flor da pele
destes corpos desenhados, pintados e fotografados...
(...)
...saltando do sítio da terra, do corpo como adivinha, para o lugar da dança, a dança como fábula.
o corpo existe numa metamorfose permanente, rápida e imperceptível.
os seus seredos e as suas fábulas fazem parte da sua construção."

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