A música tem olhos fulgurantes
movendo-se à volta do fogo
Se és visto por eles tornas-te canto,
tu que és, como tudo é, canto.
Afasta-te do coração,
a tua vida canta sob a música,
não acordes a mortal infância,
foge do que sabes, porque não o sabes.
Talvez sejas apenas o sonho
de um deus não mais desperto do que tu.
Ouve-o dentro de ti, ao deus,
cantando liminosamente à tua volta.
MANUEL ANTÓNO PINA
in « Algo parecido com isto, da mesma substância»
domingo, 23 de dezembro de 2007
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